domingo, 9 de março de 2008

O BF longe e eu sozinho num fim-de-semana frio e cinzento, neste Inverno que parece que não acaba mais.

Tempo perfeito para no regresso do gym, dar um pulinho à Byblos, que para além de ser a maior livraria do país e ficar mesmo aqui ao lado, tem a selecção mais decente de revistas gay na cidade. Estrangeiras como é óbvio, porque portuguesas, nada de nada! Ah, tá bem, tá bem, eu por vezes esqueço-me que não existem GAYS neste país!

Bem, bocas ácidas à parte, a verdade é que voltei a casa feliz e contente, cheio de papel, debaixo do braço a cheirar a novinho, com programa para o fim-de-semana inteiro. Entre chávenas de Thé Sur le Nil, do Mariages Fréres, passeie-me pela PREFF mag edição de Março/Abril, pela Tétu e pela L’uomo Vogue. Pronto tá bem, esta última supostamente não entra na categoria gay.

Para hoje, aqui fica uma curta análise da PREF, não por ser a que melhores artigos traz, mas apenas porque é uma edição dedicada aos gays com mais de 30 anos e, também, porque traz o DJ mais sexy do mundo.

Para não começar já a falar de homens, começemos pelo excelente artigo da Clarisse Mérigeot, “La crise du Milieu de La Vie”, uma análise objectiva e livre de moralismos, acerca de algumas das dimensões da vida de um gay, que podem mudar com a idade.

A sexualidade, a mudança das definições de relação, fidelidade, auto-conceito e a auto-imagem de um gay, são alguns dos conceitos analisados, numa cultura, cada vez mais caracterizada, pela “ditadura da juventude” e da performance sexual.

É abordado ainda a responsabilidade dos media, na criação das representações sociais dos gay, associadas à juventude e, como não poderia deixar de ser, “conselhos” para um gay com mais de 30 anos, lidar com isso. Interessante é o facto da própria revista que se propõe analisar a meia-idade, dar como facto assumido, nem sei bem baseado em quê, que a meia-idade começa precisamente aos 30 anos!

Como a edição é dedicada aos gay com mais de 30 anos, algumas das produções de moda, têm obviamente rapagões trintões e quarentões.

Para além da agenda cultural (francesa como seria de esperar) um roteiro de viagem de Praga e Budapeste e o retrato do DJ mais sexy, e gay, do planeta e que já falei aqui, Micky Friedamann.

Ficamos a saber que o bonzão do Micky, vai lançar em breve na Pride de Nova Iorque o seu novo álbum (o anterior é fantástico, chama-se Compilation Instinct Love and Pride e é editado pela EMI), como aconteceu a sua mudança de carreira de bailarino clássico e modelo para DJ, o que pensa do mundo da noite, que tem um companheiro há 13 anos, que enquanto trabalha adora ser cumprimentado por rapazes bonitos e sedutores, que prefere as festas gay às hetero porque se sente mais conectado e que, “pourquoi devriez-vous coucher avec um Allemand comme moi? Parce que nous, les Allemands, sommes les plus beaux hommes du monde, voilá pourquoi! Parce que nous sommes naturels, sexy, que nous avons confiance en nous! Et aussi parce que nous avons les plus grosses!”.

Ok ficamos todos a saber e vamos ficar atentos!!!

Para quem ainda não conhecia o Micky, ficam a saber que para além das festas por todo o mundo, onde é no momento a sensação, é o DJ residente do melhor Gay Tea Dance de Berlin, La Loca e do Roxy em Amesterdão.

Bom quem tiver interesse em saber mais acerca do rapaz, vá a aqui e aqui, que a agenda completa dele está lá. Para já, fotos do rapaz em grande estilo.




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