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quarta-feira, 29 de abril de 2009

Der Himmel über Berlin # dedicated to my Dassiels
















(imagens do moleskine digital obtidas do Der Himmel über Berlin )


Der Himmel über Berlin #15

Quando Berlim se tornou a capital da Alemanha reunificada, todos os países tiveram a necessidade de construir novos edifícios que albergassem as suas embaixadas.

O conceito adoptado pelo grupo dos países nórdicos é um dos mais interessantes.

Sob o plano geral de Berger + Parkkinen, cada país convidou um arquitecto nacional para construir o edifício de cada uma das embaixadas. A organização espacial dos edifícios segue o formato do mapa e a zona central, em que se encontram os serviços comuns partilhados, tem um lago que representa o mar que os une.

Lá dentro cheira a madeira, o restaurante recomenda-se e a atmosfera do ponto de vista social e humano, recordar-nos segundo a segundo, que nos encontramos em território nórdico. E viva o modelo antropocêntrico.




















terça-feira, 28 de abril de 2009

Der Himmel über Berlin #14



E não podia faltar um hotel, de preferência, com um luxo gasto e suficientemente decadente, para não nos sentirmos como aquelas pessoas que adoram hotéis de luxo, porque são hotéis de luxo.

O Savoy de Berlim foi construído entre as duas guerras, resistiu à segunda, albergou Greta Garbo e Thomas Mann e é luxuosamente decadente, com um luxo que já não pode ser considerado luxo.

A decoração dos quartos é horrenda, mas as janelas duplas de madeira, e alguns pormenores que resistiram à fúria redecoradora compensam tudo. E depois, para além do delicioso bar de charutos cubanos, há ainda o corrimão, o corrimão que resistiu à guerra e que me fazia lembrar cada vez que lá metia a mão, quantas mãos por lá passaram, antes da guerra, durante a guerra, pós guerra.

Também acho que fui visitado por uns poucos anjos americanos que conheceram pessoalmente a Garbo e que foram espiões duplos e que ainda hoje por lá continuam a viver.

Der Himmel über Berlin #13



A zona mais oriental de Kreuzberg ou o Bairro Turco como também é conhecido, é perfeita quando se quer fugir das esmagadoras construções que invadiram todo Berlim.

Caso sinta a necessidade não ter dúvidas, que a avenida onde se passeia, já tinha sido planeada no Sec. XIX, vá até ao centro de Kreuzberg.

Durante todo o período de Berlim dividido, devido á proximidade do muro, no lado ocidental, ninguém lá queria viver. Como não foi das zonas mais destruídas pelos bombardeamentos (Berlim ficou destruído cerca de 70%), restaram alguns edifícios de pé, que os emigrantes, de maioria turca, ocuparam devido às rendas baratas. A seguir aos turcos chegaram os intelectuais românticos atraídos pela arquitectura do sec XIX, anarcas atraídos pelos espaços a custo quase zero e mais outra quantidade de pessoas interessantes.





Hoje Kreuzberg tem prédios esquálidos baratos, lado a lado com luxuosos edifícios românticos recuperados por Youpies, e novas galerias de arte, mas continua a ser a zona de Berlim, onde se podem encontrar os melhores restaurantes, tibetanos e nepaleses.

Quando encontrar quarteirões totalmente construídos em tijolo à vista, à maneira inglesa, não deixe de entrar nos pátios interiores e sentir-se numa outra cidade.



Der Himmel über Berlin #12



O fundador da Bauhaus projectou inicialmente o Bauhaus Archive / Museum of Design, para Darmstadt, num terreno em declive, mas o actual edifício, acabou por ser construído em Berlim já depois da sua morte, por Cvijanovic e Hans Bandel entre 1976 e 1979 a partir do projecto original de Gropius.

Os Arquivos da Bauhaus podem ter resultado da adaptação do projecto original de Gropius, mas não consegui deixar de comover-me com os telheiros povoados de anjos.

















segunda-feira, 27 de abril de 2009

Der Himmel über Berlin #11

O GSW-Hauptverwaltung foi construído em 1961 pelos arquitectos Paul Schwebes e Hans Schoszberger, mas a sede da GSW só entrou no mapa da nova arquitectura de Berlim, quando o atelier de arquitectura Sauerbruch Hutton projectou a sua ampliação e remodelação em 1999, cobrindo literalmente o edifício de uma segunda pele, que para além de assegurar a ventilação, brinca com estores de protecção solar.







Impossível resistir ficar sentado na ponta da pala superior a balançar as pernas no vazio, num tête-à-tête com um anjo! É quase tão bom, como numa cornija do Schinkel.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Der Himmel über Berlin #10



Os críticos bem podem dizer que o edifício do Jüdisches Museum, do Daniel Libeskind, perdeu no exterior o brilho metálico, mas o tempo absorvido pelas paredes, também faz parte da vida dos edifícios.



É verdade que do ponto de vista artístico, o espólio em exposição no 2º e 3º pisos é desinteressante, e que o seu valor documental é completamente anulado pela forma como é exposto (talvez o edifício não aguente mesmo nada lá dentro), mas os corredores ou eixos, os cruzamentos e os três espaços do primeiro nível, Eixo do Holocausto, Eixo da Continuidade e o inultrapassável Jardim do Exílio, valem por tudo o resto.


Sala do Holocausto






(torre negra e vazia no qual o visitante entra)


Eixo da Continuidade







(Sala branca vazia, que representa a cultura perdida, com o assassinato em massa dos judeus nos campos de concentração)


Jardim do Exílio



































( 49 colunas de betão, com uma oliveira plantada no topo )