terça-feira, 28 de abril de 2009
Der Himmel über Berlin #14
E não podia faltar um hotel, de preferência, com um luxo gasto e suficientemente decadente, para não nos sentirmos como aquelas pessoas que adoram hotéis de luxo, porque são hotéis de luxo.
O Savoy de Berlim foi construído entre as duas guerras, resistiu à segunda, albergou Greta Garbo e Thomas Mann e é luxuosamente decadente, com um luxo que já não pode ser considerado luxo.
A decoração dos quartos é horrenda, mas as janelas duplas de madeira, e alguns pormenores que resistiram à fúria redecoradora compensam tudo. E depois, para além do delicioso bar de charutos cubanos, há ainda o corrimão, o corrimão que resistiu à guerra e que me fazia lembrar cada vez que lá metia a mão, quantas mãos por lá passaram, antes da guerra, durante a guerra, pós guerra.
Também acho que fui visitado por uns poucos anjos americanos que conheceram pessoalmente a Garbo e que foram espiões duplos e que ainda hoje por lá continuam a viver.
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