quinta-feira, 29 de julho de 2010

Dolce & Gabbana Spring Summer 2011



Quando se chega ao grau de desenvolvimento de uma máquina que produz uma colecção e uma apresentação como esta, é muito difícil fazer melhor. O casal gay divorciado mais rico e mais pedante do planeta e também que mais cultiva e alimenta o culto do glamour e das celebridades, continua a sua cruzada em busca do eterno estilo do homem italiano.

Dolce & Gabbana não é arte nem nunca quis ser, é moda pura e dura sem merdas à volta, cujo objectivo é apenas apresentar e vender (muito) peças bonitas e vestíveis (ou pelo menos que dêem disso a ilusão) e que alimentem bem o ego de quem a veste.
Talvez Domenico e Steffano sejam mesmo os primeiros grandes designers de vestuário masculino, os primeiros designers de moda capazes de tornar, sem dourados, o corpo masculino objecto sexual de desejo. Depois de décadas e décadas de moda dedicadas apenas ao embonecamento das mulheres, termos uma dupla, ainda por cima gay, dedicada à kenização dos torsos e pernonas dos machos, não é bom, é muito bom.

A colecção Dolce & Gabbana para o próximo verão, para além da execução perfeita em todas as vertentes, é a síntese do melhor que a marca fez ao longo dos seus 20 anos na linha masculina, ah e também síntese do “estilo italiano”, que neste mundo globalizado, ainda consegue não só subsistir como afirmar-se. Com excepção do mais que estafado tema Côte D’Azur da linha praia, gostei de quase tudo, achando mesmo que os temas: “branco total” e “preto “ roçaram a perfeição.

Da performance fabulosa da Annie Lenox que durou todo o desfile não vou sequer falar, a Annie Lenox é sempre fabulosa!

Fotos via www.dolcegabbana.it . Para ver como a roupa cai nos corpões em movimento dos gajos e já agora ouvir a fabulosa Annie o vídeo aqui.



















































































Fotos via www.dolcegabbana.it . Para ver como a roupa cai nos corpões em movimento dos gajos e já agora ouvir a fabulosa Annie o vídeo aqui.



Quiçá para rematar as comemorações de aniversário dos 20 anos, foi criado um Martini Dolce & Gabbana, que obviamente recebeu o nome de Martini Gold. Vamos ver se uma bebida alcoólica vai ligar bem com os trapos, porque ou muito me engano, ou a marca encontra-se naquele ponto em que existe o perigo de descida vertiginosa. Enquanto tal não acontece é ir bebericando a mixórdia que pela descrição dos ingredientes até parece boa (bergamota da Calábria, limões e laranjas da Sicília, açafrão espanhol, mirto da Etiópia, gengibre da Índia e pimenta da Indonésia), de preferência envergando um tuxedo preto e uma camisa branca Dolce & Gabbana. Ah! E se o encontrar por aí este novo Martini e resolver experimenta-lo, nada de o servir num copo de cocktail. Não sei as divorciadas definiram como tomar este Martini Gold, mas em Itália, martini, da Martini, ou seja, martini engarrafado, toma-se sempre num copo de sumo com muito gelo, ou vá lá, quando muito num de whisky se não quiser ficar grogue e até pode usar uma palhinha para o sugar.

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