quarta-feira, 2 de junho de 2010

Amor Eterno

Jóias são isso mesmo jóias, objectos especiais portanto e se possível caros, nem que seja para termos a ilusão, que um dia caso necessitemos, os possamos meter no prego e logo de seguida suspirar: “foram-se os anéis ficaram os dedos”.

Entre as jóias que um gajo bonzudo pode e deve usar, encontram-se as alianças de namoro, de noivado e de agora para o futuro, também de casamento.

Ora se qualquer vulgar jóia de Lineu deve ser especial, uma aliança tem que ser ainda mais especial, ou não simbolizasse ela o amor.

Porque muito poucas coisas materiais são capazes de simbolizar essa coisa que todos queremos eterna que é o amor, pelo menos enquanto o sentimos, uma aliança deve ser feita dos materiais mais preciosos, cara portanto e com muitos dígitos e bastantes zeros à direita no preço.

Se há coisa em que não deve poupar é na aliança de noivado, comprometimento ou casamento. Não esqueça que quer os enamoramentos quer os casamentos, tal como o amor e os diamantes, são apenas eternos enquanto duram. Se corremos o risco que acabem, o mínimo que podemos acautelar, é que nos deixem nos dedos um belo destroço. Sempre é mais fácil secar as lágrimas e com elas regar boas e edificantes recordações com uma Cartier no dedo, que com um aro comprado na ourivesaria da esquina. Se tiver diamantes melhor ainda, porque essa coisa da aliança de lata, brinde de um saco de batatas fritas, só tem graça ao pequeno-almoço e não acredito que a Tiffany & Co. aceite fazer-lhe alguma inscrição. Afinal nenhum de nós é a Audrey Hepburn.

Feito o aviso, as sugestões que se seguem são tudo menos acessíveis e anónimas.

Para os que não querem uma aliança com a forma a que habitualmente associamos a uma aliança, sugiro a Trinity da Cartier que já inspirou muito boa gente incluindo Jean Cocteau. O material é ouro amarelo, ouro branco e ouro rosa. Disse-me quem já a usou, que com o tempo e o uso, os três diferentes tipos de ouro diferenciam-se cada vez menos uns dos outros. Perfeito, querem melhor metáfora para uma relação?



Outra sugestão para quem não gostar da clássica forma de aliança, é a Tiffany Somerset em ouro branco.



Ou a Five-Row em platina.



Mais de acordo com a forma clássica de aliança de casamento a Tiffany 1837 em platina e Tiffany Wedding Band também em platina, são seguramente duas boas opções.





O modelo Love da Cartier foi criado nos anos 70 e os pequenos círculos representam a cabeça de um parafuso, como se uma vez posta no dedo não mais pudesse sair. Se a cabeça de um dos parafusos puder ser um diamante melhor ainda.



Ainda na Cartier o modelo Lanières aguenta lindamente um pedregulho.




Para finalizar o modelo Bvlgari Bvlgari com pedregulho ou até o modelo B. Zero são ótimas opções.





Deve estar a questionar-se porque é que a quase maioria dos modelos são em ouro branco ou platina. Antes dos hetero terem roubado aos gay, a ideia de que uma aliança de casamento também pode ser em ouro branco ou platina e não no tradicional ouro amarelo, as alianças em prata ou ouro branco, eram usadas pelos gay como código de reconhecimento. Dada a explicação, resta-me aconselhar que no interior o nome da cara metade seja gravado e, já agora muitas felicidades e que vivam felizes até que a falta de amor os separe e também para quem o desejar, votos de uma extensa e linda prole e, a luta continua.

Imagens via: Cartier, Tiffany & Co. e Bvlgari.

1 comentário:

Luis Royal disse...

FYI:
"Luis Royal: Obrigado pela resposta e pela sugestão de consulta, que teve a interessante e feliz coincidência de revelar a aliança desenhada pelo Jean Cocteau, à qual também eu me referi anteriormente em http://gayfield.blogspot.com/2010/03/fruto-da-paixao.html (nestas coisas, as coincidências dão-nos um duplo prazer). Essa aliança é linda, como também o parece (no seu modo) a Tiffany Somerset. As outras que encontrei não me agradam tanto, sobretudo as quatro últimas. Mas, para juntar à discussão, disponíveis no mercado português estão as da marca Meister, com opções para (quase) todos os gostos... Abc, "