segunda-feira, 8 de setembro de 2008

"I dedicate this song to the pope, because I'm a child of God. All of you are also children of God" Madonna



Não gosto especialmente de publicar aqui notícias soltas, o PGFV não é nenhuma central de informação ou agência noticiosa, mas apenas o local onde a meu belo prazer, publico os meus devaneios, mas não resisto a fazer alusão à dedicatória que Madonna fez do Like a Virgin a Joseph Ratzinger, no concerto do passado sábado no Estádio Olímpico de Roma ;))



Fotos via Corriere de la Sera

1 comentário:

Anónimo disse...

Allô! Já há algum tempo que não espreitava aqui o blogue.
Bom, em vez de responder directamente, acho que vou apenas transcrever o meu comentário ao mesmo artigo publicado no site da revista Blitz.


«Tenho que concordar contigo e com o teu amigo, Angelica.
Depois da artista-mor que a Madonna foi nas últimas décadas, nunca pensei que, num espaço tão curto de tempo, ela pudesse entregar-se a uma onda tão grande de facilitismos e de populismos, deixando a verdadeira e pura arte popular (em que ela é pró) para trás. Senão vejamos:

1) Depois de uma corrente de 4 excelentes álbuns pop Ray Of Light -> Confessions On A Dancefloor, lança um álbum que não é nem carne nem peixe, tem músicas que até são boas (mas não tão boas quanto o que fez no passado recente), mas deixa-se entregar aos prostitutos da indústria discográfica de hoje, para apresentar um álbum com todos os clichés que são garantia de vendas e de airplay (o que até nem foi uma aposta ganha, porque o Hard Candy vendeu ainda menos do que o fiasco American Life nos States, e apenas o primeiro single "4 Minutes" teve uma posição "vencedora" nas tabelas mundiais);

2) Apresenta uma digressão que é muito bonita, sim senhor (para quem nunca viu a Madonna ao vivo, acredito que seja), mas que não é mais do que a mesmíssima fórmula das últimas três digressões (é uma mistura das três com uma nova roupagem, vá lá...);

3) Teve aquele triste episódio das comparações multimédia Obama/Oprah/Bono/Lennon/Gandhi (foi o Gandhi, não foi?) e McCain/Hitler/Mugabe em que dá a sensação de que: ou afinal o QI da Madonna não é assim tão próximo do de Einstein ou está simplesmente a gozar com a inteligência do público;

4) Agora este episódio com o Papa, que não é mais do que ir buscar publicidade onde ela não existe. Já todos sabemos os teus "troubles" com a tua educação rígida religiosa e as brincadeiras com a Igreja no passado resultaram artisticamente (e em termos de publicidade, claro), mas já chega, já não queremos mais do mesmo!

Sinto-me um pouco decepcionado com as acções da Madonna no último ano e, sinceramente... aliviado - uma vez mais - por não ter comprado bilhete para o concerto.»

Mais tarde, depois de terem respondido ao meu comentário, "contra-respondi" acrescentando:

«Eu concordo contigo. Não fazia mal nenhuma à Madonna trocar as mega produções por algo mais intimista, em espaços como coliseus (se bem que aí os preços dos bilhetes seriam ainda mais astronómicos porque seria o mesmo número de cães a um número de ossos muuuuito menor) e apresentar algo que se focasse mais na parte teatral ou então que fosse se focasse na parte musical, em que ela aparacesse apenas com uma banda e ela com uma guitarra.

Eu acho que ela ainda não perdeu o sentido estético e artístico das coisas, e continuo a achá-la uma mulher brilhante e muitíssismo inteligente, mas acho que ela não tem necessidade de fazer este jogo fácil e cash grabber para meter uns bons milhões ao bolso antes de se aposentar e de o nome Madonna já não der dinheiro (sejamos sinceros: a Madonna tem 50 anos e tem conseguido ultrapassar a barreira da idade aos olhos do público e fazer dinheiro com isso, mas isso não vai durar muito mais anos).

Não vou ao concerto porque diversas razões. Algumas uma delas disse no outro comentário: depois dos vídeos e dos artigos que li sobre a digressão, não me apetece ver mais-do-mesmo.
Eu gosto dos espectáculos da Madonna, mas a fórmula é a mesma. Ela está a limitar-se a ir buscar 7/8 canções do álbum mais recente, vai repescar 15 hits antigos e dá-lhes uma nova roupagem, mas com os hits, ela não os escolhe porque se lembra deles, mas sim porque não os tocou na última digressão, por isso vai rodando. E depois é sempre o sistema dos blocos separados pos vídeos em que cada um tem um tema e figurinos totalmente diferente. Há muitas cantoras pop que fazem isso, mas é um conceito que não me agrada a 100% (ainda para mais se for implementado em todas as digressões), porque dá-me a sensação que deixa de haver coerência no espectáculo.
Em último lugar: 75000 pessoas no Parque da Bela Vista - que não tem bancadas laterais (a desculpa de que faz um anfiteatro natural não serve para mim) e que é um espaço que detesto - ainda por cima para um espectáculo em que a parte teatral é o mais importante... e €60 por isso? Não, obrigado.»

Beijocas, Maria Huguette. ;-D