terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

CCB - Colecção Berardo





Voltei pela segunda vez ao CCBPB ( CCB Pós Berardo). Se da primeira vez gostei razoavelmente, nesta segunda visita reforcei a primeira impressão.

Sinceramente, e não sei nem quero saber se o Berardo está a lucrar ou não muito, acho que é uma sorte, Lisboa ter uma colecção assim.

É verdade que grande parte das peças expostas, não são das mais significativas do trabalho da maior parte dos artistas representados e, muitas delas apenas valem por quem as assina. Mas é igualmente verdade, que a colecção, pela sua grande abrangência, é riquíssima se vista de uma perspectiva retrospectiva e pedagógica.
Com uma visita a esta colecção, ficamos com uma visão muito razoável, do que foi a produção artística na segunda metade do séc. XX.

Para o quase deserto que tem sido Lisboa em arte contemporânea, quase que podemos dizer que a colecção é excepcional.

O peça do Frank Stella é maravilhosa, o pequeno quadro do Balthus é lindo (quantas colecções se podem orgulhar de ter um Balthus?), há três excelentes Warhol, e por aí fora. Onde está a lindíssima peça do Beuys que vi na primeira apresentação da colecção ainda antes da instalação definitiva no CCB?

Mas o que mais gosto é o núcleo “Autonomia”, em que são apresentados trabalhos, em que o corpo da mulher enquanto modelo, é explorado pelo olhar de artistas que são mulheres.

Se os trabalhos da Cindy Sherman e da Francesca Woodman, não são nem pouco mais ou menos dos que mais gosto na suas obras, os de Helena Almeida são excepcionais. Tão bonitos tão bonitos, que conseguem emocionar-me sempre que cada vez os vejo e, já os devo ter visto bem uma dezena de vezes.

Igualmente interessante é a exposição temporária “Caminhos Excêntricos”. Gostei especialmente do trabalho de Malgorzata Markiewicz, que não conhecia. Mas talvez isto fique para um outro post.




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