quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Helsinki #5



Pode até não ser um dos melhores edíficios do mestre, a sua manutenção até pode custar uma fortuna, já que as placas brancas de mármore de Carrara que o revestem não aguentam os rigores do inverno e curvam-se como folhas de papel, o que só por si até pode parecer contraditório a tudo o que Aalto defendeu que deveria ser a arquitectura, mas basta vê-lo imenso e branco fundido-se com a neve, para imediatamente nos rendermos e percebermos que mais uma vez Aalto, conseguiu criar um edificio que articula funcionalismo com poesia e que não é nem mais nem menos que uma estrutura que se apaga e desaparece quando as pessoas a utilizam.



Infelizmente não pude visitar o seu interior, já que o período em que estive em Helsinki foi de festa para os filandeses que comemoram a 06 de Dezembro o aniversário da sua idependência. Assim sendo, para além do Filandia Hall não ter recebido visitas guiadas, igualmente não consegui bilhete para nenhum dos espectaculos de música que por lá aconteceram e que são afinal talvez a razão mais nobre da sua existência. Na impossibilidade de poder usufruir o interior do Filandia Hall, onde Aalto desenhou maniacamente ao pormenor todo o interior desde os candeeiros aos puxadores das portas, restou resignar-me e pensar: mais uma razão para voltar a Helsinki.



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