segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Bandeiras Arco-Íris no Altis

Pois é, pela primeira vez em Portugal foi eleito um deputado gay fora do armário. Dentro do armário já lá havia muitos e desde já há muito tempo, direi mesmo deste sempre, mas apesar de isto ter tido uma puta de importância pela negativa, não torna as criaturas hoje nada importantes, ao contrário do Miguel.

Parabéns Miguel Vale de Almeida.



E que bonitas que estavam as bandeiras Arco-ìris no Altis. Já li aí pela blogosgera (de direita claro) palavras de incredulidade por ter havido bandeiras do arco-íris. LOL

18 comentários:

Zunkruft disse...

Independentemente de determinadas "promessas" virem a ser cumpridas ou não (depois dos resultados de ontem tenho sérias dúvidas), foi importante que o banho de bandeiras gay se mostrasse na televisão para que todos os portugueses entendam de uma vez por todas que os gay, de facto, que são muitos e que também são eleitores e cidadãos como toda a gente.

poor guy fashion victim disse...

Acho que no momento o PS não tem mesmo como não mudar a porra da lei do casamento Civil, sendo que nesta questão, pelo menos nesta, toda a esquerda votará a mudança de lei.

Igualmente quero acreditar, que no momento existem deputados capazes de trazer a discussão na AR as questões LGBT: Educação nas escolas, prevenção da homofobia, adopção, identidade de género.

O casamento Civil será o mínimo dos mínimos e se assim não for será a descredibilização total.

Zunkruft disse...

Quero acreditar que será assim. Eu apenas ponho em causa a viabilidade dessas leis, tendo em conta o número de cedências que a Diva vai ter que fazer daqui para a frente. Mas tenhamos optimismo.

FOXX disse...

desculpe-me o atrevimento porém: que manifesto é esse aí do lado? chocado!

Stiletto disse...

Eu acredito que as pessoas devem ter direitos iguais, independetemente da sua orientação sexual, cor ou género. E portanto defendo que os casais homossexuais deverão ter direito a herdar, oportunidades de trabalho iguais, preferência no arrendamento, mesmos direitos fiscais e tudo o resto.
Mas, sinceramente, sou completamente contra a adopção de crianças. Elas precisam de uma figura masculina e uma figura feminina. E isto só pode ser proporcionado por um casal hetero.
Parabéns pelo deputado.

poor guy fashion victim disse...

é o Manifesto do blog. Chocado com o manifesto?

poor guy fashion victim disse...

Caro Stiletto

Não há nenhum estudo, nenhum estudo sério e credível, que indique que crianças filhas de casais gay, tenham um desenvolvimento diferente das crianças filhas de casais hetero.

A grande questão não é se o casal é hetero ou gay, a grande questão é se o casal tem ou não competências e não me parece que ser um casal hetero só por si dê competências seja a quem for. A maioria das crianças com probelaams de desenvolvimento são filhas de casais hetero.

Por outro lado, a figura masculina ou a figura femenina, não está centralizada, ao contrário do que se julga só na mãe ou só no pai.

Por último o que parece afligir muito e que está na base dos argumentso a quem é contra a adopção, não há uma maior prevalência de orientação gay nas crianças filhas de casais gay (é que já há muitas crianças filhas de casais gay) que nas crianças filhas de casais hetero.

A adopção é um direito tão fundamental quanto o casamento.

Zunkruft disse...

O discurso de que uma criança precisa obrigatoriamente de um pai e de uma mãe como figuras de representação masculina e feminina, respectivamente, é o utilizado por quem gosta de permanecer na ignorância e também pelos que gostam de pensar e de agir como "no tempo da outra senhora".

Já está mais do que provado e esmiuçado que essa afirmação não faz qualquer tipo de sentido.

Em primeiro lugar, por exemplo - porque na ausência do pai (ou de um padrasto, ou de um avô ou de um tio ou de um irmão mais velho - que vai automaticamente assumir esse mesmo papel representativo no esquema mental da criança) como figura masculina, é mais do que sabido e provado que a criança irá sempre (salvo casos "especiais" e com outras "agravantes") compensar a ausência dessa figura noutros objectos e noutras figuras mais ou menos presentes.

Em segundo lugar, é incrível as pessoas continuarem a argumentar que só o modelo tradicional de família é que é capaz de proporcionar estabilidade no desenvolvimento da criança.
Errado. Não é o modelo - tradicional ou não - que potencia ou prejudica esse processo, mas si a funcionalidade/desfuncionalidade desse mesmo modelo.

Enquanto esta mensagem (esta e outras) não entrar na cabecinha das pessoas de uma vez por todas, vamos continuar a ler e a ouvir o mesmo tipo de atrocidades reacionárias contra as temáticas que envolvem os direitos dos homossexuais.

Stiletto disse...

Há aqui algum radicalismo ou é impressão minha? Ainda tenho direito a ter uma opinião, ou não?
Não acho bem que se façam experiências com crianças. Ainda para mais, a maior parte das crianças disponíveis para adopção são provenientes de ambientes completamente disfuncionais. São crianças traumatizadas e infelizes. E são crianças que têm o direito a ter um ambiente familiar o mais estável normal e natural possível.
Quer os gays queiram, quer não, isto corresponde a um casal hetero.

Ser hetero é per si garantia de estabilidade? Obviamente que não!! Estas crianças são filhas de casais hetero, os quais são ou foram, obviamente incapazes de lhes proporcionar os mínimos. Há pessoas (hetero) que não deviam ter filhos. Mas isso ninguém pode controlar, não é? Não se pode declarar as pessoas incompetentes para terem filhos. Portanto eles nascem e são mal tratados.

Há casais gays capazes de lhes dar amor, carinho e respeitar a sua individualidade sexual? Óbvio que sim.
Mas o mais normal e natural é haver um pai e uma mãe que dão origem a filhos. E portanto acho que as crianças devem ser adoptadas por casais hetero. O problema não é se a criança cresce a pensar que ser gay é o normal. O problema tãopouco, é se a criança mais tarde se torna gay. O problema é se essa é a melhor maneira de fazer a criança feliz.

Peço desculpa se ofendo alguém com as minhas "atrocidades reaccionárias" mas ainda vivemos num país em que as pessoas têm direito à sua opiniãi. Esta é a minha.

poor guy fashion victim disse...

Cara Stiletto (espero que MiuMiu)

Tem todo o direito a ter uma opinião, o que lhe referi, foi mais que a minha opinião uma vez que aludi a estudos do ponto de vista técnico e metodologico inrepreensíveis para a comunidade internacional. Ah e deixe-me dizer-lhe que esses estudos não são experimentais, são estudos longitudinais de história de vida, em que um investigador segue ao longo dos anos uma família. Não estamos a falar de manipulação de variáveis (não sei se está ou não familiarizada com a terminologia da metodolgia de investigação ciêntifica, mas através de uma pesquisa no google facilmente chega lá).

E sim , os estudos demonstram que as crianças filhas de casais gay não são mais infelizes que as crianças filhas de casais hetero.

Por fim (ainda muito haveria a referir) usou a expressão "natural" é que nada é natural sabe, e o argumento do natural, como algo que sempre assim tenha sido, é o primeiro erro de leitura que fazemos quando pretendemos Avaliar/estudar um sistema social como é a família.Aliás o modelo que toma como natural (um pai e uma mãe que se ocupam do/s filho/s) não tem correspondência histórica, o que quer dizer que é um modelo muito recente e mesmo hoje, não é o único modelo de família. Outros já existem e estão aí, com lei ou sem ela.

poor guy fashion victim disse...

E ainda à Stiletto (que espero seja MiuMiu)

E tem todo o direito a expressar a sua opinião, tanto que assim é que tenho publicado todos os seus comentários, que como sabe, são moderados aqui no PGFV, já que comentários ofensivos aqui nunca serão publicados.

Acredito que após reflectir um pouco mais acerca da adopção, do que é uma família, o que é parentalidade e outras questões á volta da temática, descobrirá aspectos nos quais nunca tinha sequer pensado.

Zunkruft disse...

Não há qualquer radicalismo, Stiletto. Há sim, palas à frente dos seus olhos que precisam ser removidas. É isso que os meus comentários e do PGFV pretendem fazer.
Desmistificar.

Para começar, não são experiências nem variáveis. São estudos, milhares deles, que existem há décadas e décadas e, goste-se ou não, eles tendem a convergir neste ponto.
Por outro lado, vejo que continua a misturar (aí sim) variáveis: a variável de modelo de família e a variável de funcionalidade desse mesmo modelo.

Quer o Stiletto queira, quer não, não é a primeira variável, mas sim a segunda, que define o se o desenvolvimento da criança decorre com problemas ou não.

A falácia de que o modelo tradicional é o único viavel tem de acabar. Isso é uma atrocidade.
Vá perguntar isso aos experts em etnologia ou antropologia e facilmente descobre que o "modelo tradicional" é um conceito que foi nos imposto apartir de determinada altura em algumas civilizações e que, antes disso, os modelos de família, de tradicional não tinham rigorosamente nada.

Opiniões são bem vindas, naturalmente.
Contudo, há coisas que justificam porque é que, por exemplo, questões como a do casamento não devem NUNCA ser referendadas e submetidas à opinião pública: porque não pode ser a opinião pública a decidir questões que intervêm na individualidade na estrutura interna de cada pessoa.

Stiletto disse...

Caro Fashion Victim

Deveria ter usado a expressão "cumum" e não "natural". Quando a escrevi ainda hesitei mas não me lembrei de outra. Não quis com isto dizer que ser gay não será natural.

O meu comentário acerca da expressão de opinião não era para si mas para quem me acusou de reaccionária.

Quanto aos Stiletto... eu não sou esquisita. Estes, por acaso, são Vicini mas no meu armário encontra Miu Miu (adoro), Prada (amo) e outros que tais. Confesso a minha preferência por Louboutin que finalmente chegou a este país de atrasados que é Portugal. :-)

Stiletto disse...

Caro Zun
Palas à frente dos olhos têm os animais. Não me lembro de o ter insultado...
Eu não sou expert em antropologia, nem pretendo passar por tal. Ainda assim sei que o modelo comum de familia na sociedade ocidental, ou em Portugal, se preferir, é: Pai, Mãe e filhos. Pode não ter sido o único (Platão defendeu outro na Républica, por ex.). Mas sem sombra de dúvidas que é o mais comum. É a norma.
Não conheço esses milhares de estudos dos quais fala mas quando tiver tempo vou informar-me.
Não sou radical, nem tenho palas à frente dos olhos e tolero bem a diferença.
E deixe-me dizer que, às vezes, são as minorias que adoptam posições radicais (talvez por terem de lutar diariamente contra a discriminação a que são sujeitas). Mas parece-me que têm pouco a ganhar com isso. Porque posições radicais acabam por afastar os simpatizantes maioritários. E parece-me que isto se aplica a qualquer minoria.
Fique bem.

Luis Royal disse...

caro poor guy,
não há nenhum estudo que diga que mulheres com stilettos não devem adoptar crianças, dada a perigosidade deste tipo de saltos quando as crianças começam a gatinhar?
obrigado.

Zunkruft disse...

Caro Stiletto, não pretendi insultá-lo, obviamente.
Quer continuar a acreditar na "norma" e na falsa felicidade de que o modelo (nomeadamente a ausência do tradicional) é o cerne da questão, continue.
Apenas para terminar, considero que a "diferença" não tem que ser tolerada, mas sim, aceite e assimilada.

Bom resto de fim-de-semana.

poor guy fashion victim disse...

Para a Stiletto:

http://blog.miguelvaledealmeida.net/?p=1025

Para O Luís Royal:Estudos desses não conheço, mas o ali de cima é interessante e faz sentido

Para o Zunkruft: apoiado, qual tolerância qual quê. Odiamos ser tolerados, nem toleramos quem nos tolera!

Luis Royal disse...

tinha ironia, obviamente.
obrigado de qualquer maneira.