Acredito que não seja um laureado com o Nobel, acredito que não tenha sido pintor@ residente da Tate, acredito que não tenha artigos publicados em revistas cientificas internacionais, acredito que nunca tenha subido a um palco para representar Samuel Beckett, e nem sequer um papel secundário numa novela do Nicolau Breyner tenha tido.
Acredito ainda que nunca tenha apresentado, sei lá…, telejornais, concursos televisivos, extracção da lotaria nacional, Globos de Ouro, Galas dos Pequenos Cantores, Festivais da Eurovisão e nem sequer no Público tenha visto publicado o excerto de uma carta sua, mas a sua saída do armário enquanto cidadão, exigindo que a discriminação às pessoas LGBT termine, é tão importante como a dos notáveis ou menos notáveis deste país.
Ah também nunca apareceu na Caras? Sorte a sua!
Mas indo ao que interessa, independente da sua orientação sexual ( hetero, gay, bi ou desconhecida) não acha que está na hora de sair do armário, pelo fim da discriminação?
Os armários foram feitos para esconder/guardar/proteger/arrumar tudo aquilo que não queremos ter espalhado pelos espaços da nossa casa, impedindo-nos de por eles circularmos e mesmo assim, quase tudo tem alturas em que saem do armário e vêm cá para fora arejar.
Por exemplo o meu trolley, seja para um fim-de-semana seja para três semanas eu não passo sem ele e só fica dentro no armário quando não ando por aí a vadiar E pronto confesso, também há alturas em que estando em casa, a preguiça do armariar é mais forte que o meu horror à poluição visual e pronto para ali fica aberto aos pés da cama, ainda cheio de cuecas e peúgas sujas.
Seja gay, lésbica, hetero, bi, ou simplesmente não saiba, saia do armário e comece a pensar em ir à Marcha LGBT de Lisboa no próximo dia 20 de Junho.
Até lá já sabe, se quiser mostrar o que efectivamente deve estar dentro do seu armário, utilize o e-mail ali em cima.
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