Confesso que não sou um gourmet e que as minhas idas ao restaurante, têm tanto a ver com a comida, como com o espaço. Depois há ainda a minha paranóia pessoal, assumo, dos hidratos de carbono, das proteínas, da gordura animal e de um outro monte de coisas. Pronto, são paranóias, mas a verdade é que de todo não sou um bom garfo, com excepção total e absoluta para CHOCOLATE, sobremesas de chocolate e CHOCOLATE.
Por isto tudo, vou muito pouco a restaurantes, e quando vou, na maior parte das vezes, desde que a comida preencha os meus requisitos básicos: produtos frescos e naturais de base mediterrânica, conceito fusion na confecção, parcimónia no uso de gorduras animais, aposta não só no paladar mas também na apresentação e nos odores, fico satisfeito. Os plus, que retenho na memória são o serviço prestado e a arquitectura do espaço. E, é esta que na maior parte das vezes, me faz decidir ir ou não ir, a um restaurante onde ouvi dizer que se come bem.
Foi por esta razão que arrastei o meu mais que tudo e mais uns amigos muito especiais para o Fifteen Amsterdam, e sabem o que é engraçado? O que mais gostei foi da comida.
O Fifteen de Amsterdam, é assim tipo uma filial do Fifteen de Londres, um dos restaurantes da fundação inglesa de solidariedade social, que promove a formação de jovens desempregados, sem abrigo, uso de drogas, problemas de alcoolismo ou outros problemas sociais, enquanto profissionais de hotelaria.
As ementas dos restaurantes, bem como a formação on the Job dos jovens estão sob a supervisão do Jamie Oliver.
É verdade que o conceito do Fifteen, mais o seu programa de responsabilidade social, baseado não na caridadezinha mas no empowerment e auto responsabilização, já tinha captado a minha atenção, e é verdade que prefiro mil vezes dar o meu dinheiro a uma organização, que faz o que o Fifteen faz, que a qualquer restaurante de um Chef inchado do Guia Michelin, mas na verdade, o que me levou ao Fifteen Amsterdam, foi saber que o espaço era do Marcel Wanders.
Bem, o espaço é bonito e o Marcel Wanders fez um trabalho engraçado, mas o que gostei mesmo foi do antipasti composto por vários tipos de pasta. Não pasta de massa, mas pasta tipo paté, não sei o termo correcto, eu bem vos avisei que não sou um gourmet. A de azeitonas pretas da Sicília era deliciosa e a de mascarpone com um legume que não consegui identificar era sublime.
O risotto de cogumelos que comi como primi, era tão bom como o da minha sogra. Ai os hidratos de carbono!!!! E acho que não tinha manteiga. A minha sogra faz risotto totalmente sem manteiga, e acreditem ou não, é o mais delicioso do mundo.
Como secondi, optei por bacalhau fresco grelhado, que além de estar delicioso, respondeu ás minhas obsessões dietéticas.
O dolci, bem o dolci foi fraquito, mas aqui já estávamos no meu terreno.
A fotografia não ficaram lá grande coisa, juro que não foi por causa dos Martinis, mas sempre dão para ver o toque à la Wanders.
quinta-feira, 15 de maio de 2008
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