quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Tudo o que deve saber acerca de cuecas #2


Agora que já sabe do que se trata quando ouvir alguém dizer “felizmente tinha os meus jockstraps vestidos”, podemos passar abordar as diferentes marcas de cuequita que há por aí.
Não irei falar de todas, mas apenas daquelas que podem ser consideradas uma hipótese, quando queremos que alguém nos as arranque ou pelo menos dê uma espreitadela às que trazemos vestidas.

Todos sabemos que coube à Calvin Klein a sexualização do underwear masculino, provocando neste uma verdadeira revolução. O senhor Calvin Klein introduziu o underwear na década de 80 mas foi já na década de 90, com as famosas campanhas com o Mark Wahlberg ( foto em cima) que o termo para roupa interior passou a ser “Calvins”. Quem não se lembra das fotos dele com a Kate Moss? Isto antes do bonzão do Mark, ter feito publicamente bacoradas homofóbicas e o senhor Calvin Klein ter corrido com ele.


Mas com Mark ou sem ele, o que é certo é que durante toda a década de 90, não houve um único rapaz minimamente fashion que não tivesse as suas “Calvins”. No momento a Calvin Klein, encontra-se lentamente a recuperar, após o senhor Klein ter-se retirado aqui há uns anos, mas já não é nem pouco mais ou menos, sinónimo de underwear sexy masculino.

No entanto, o redesenho dos modelos, em que o tamanho da marca surge bastante maior no elástico do cinto, o cós mais baixo, continuação na aposta das micro fibras misturadas com algodão, em que com justiça lhes seja feita, foram os pioneiros, bem como na introdução da cor, fazem com que no momento, o clássico do underwear masculino, continue a ser uma boa escolha. Não ao ponto de ainda se poder dizer “ as minhas Calvins”, mas uma boa escolha.

Segue-se campanha da linha Steel, lançada em 2007, com o escultural Djimon Hounsou e fotos de Peter Lindbergh, em comemoração dos 25 anos de CK.

Não dando para perceber bem nas fotos (dá para perceber outras coisas), o elástico é mais largo e a cor é metalizada.


A 2(x)ist, é uma marca americana tal como a Calvin Klein, e conta a lenda urbana que foi a partir deste modelo, que o senhor Calvin Klein se inspirou. Não sei se é apenas uma lenda sem qualquer fundo de verdade ou não, mas foi o que começou a circular no final da da década de 90, quando os “calvins” deixaram de ter a exclusividade do underwear sexy masculino. Nos EUA e sobretudo em NY, a 2(x)ist começou por ser uma marca associada aos gay. Era vendida em lojas especificas, fazia publicidade em revistas gay e eram usadas, por um grupo que já não queria ser identificado à CK, sobretudo depois das posições homofóbicas do Mark Wahlberg.

O modelo mais usado era os clássicos briefs em branco, que eram associados à simplicidade e masculinidade para quem queria ter uma atitude ligeiramente anti fashion. Recentemente a marca adoptou a mesma estratégia da Calvin Klein, introduzindo modelos de cós mais baixo e um design mais actual.

A maior parte da clientela gay deixou de a proteger e neste segmento apenas é usada, quando se pretende transmitir um toque de hiper masculinidade indiferente à moda. Por isso mesmo continuam a ser uma boa aposta.

Na linha do Steel e também com elástico em metalizado, um dos últimos modelos (quem copia quem?) e mais alguns dos clássicos que fizeram a identidade da marca e que no momento me parece um pouco baralhada. Quem mata a galinha dos ovos de ouro!...

Os Aussiebum são no momento os “Calvins versão colorida” da segunda metade da primeira década do Sec. XXI. A marca australiana, que é vendida quase em exclusivo no shop on-line da própria marca, é a estrela do underwear masculino. A marca conseguiu posicionar-se no mercado, sobretudo no mercado gay, como só a Calvin Klein tinha conseguido nos idos anos 90. Deve-se igualmente à marca a revolução da cor.

É verdade que outras marcas já tinham introduzido a cor no underwear masculino, mas só a Aussiebum o fez com total descaramento. Se as outras marcas coloriram os elásticos dos cintos, a Aussiebum coloriu sem preconceito peças inteiras, usando todas as cores do arco-íris, de tal forma, que até marcas como a D&G que gostam de ser pioneiras, lhe seguiram descaradamente o estilo. Os briefs de cores fortes debruados numa outra cor que a D&G tem apresentado de há dois anos para cá, já são produzidos pela Aussiebum, pelo menos desde 2004.

Bons preços, excelentes campanhas de publicidade, diz-se que sem recurso a modelos profissionais ( já chegaram a fazer recrutamento de modelos no site), uma excelente plataforma de e-comerce e uma excelente campanha de marketing direccionada a um nicho de mercado, rapidamente tornam a Aussiebum uma marca à escala global.

Não terem uma plataforma de vendas na Europa, o que encarece imenso o produto final, aliado a uma degradação do serviço prestado, tem travado a expansão da marca. Há dois anos atrás uma encomenda Aussiebum demorava a chegar a Portugal cerca de 1 a 2 semanas, na maioria das vezes sem passar pela alfândega. No momento chega a demorar dois meses, sendo as taxas alfandegárias altíssimas.

Mas mesmo assim, a marca ainda é a marca de underwear eleita por clubbers e afins e quer os modelos mais antigos, quer os novos, continuam a ser bonitos. O wonderjock, modelo que surgiu o ano passado, e que promete dar um grande volume, foi de tal forma um sucesso, que a média de entregas chegou a ser de dois meses.

Alguns dos modelos da Aussiebum, todos de compra on-line.

Da Dolce & Gabbana e das suas campanhas, já tenho falado vezes suficientes neste blog, por isso apenas refiro, que umas Dolce & Gabbana ainda são o melhor invólucro, para embrulhar os melhores presentes. De referir ainda que na colecção deste ano é notória a influência das velhas “calvins” e até as fotos do Mariano Vivanco, parecem querer recuperar as fotos do Bruce Weber. Têm dúvidas, vão lá atrás ver o post que já fiz acerca da linha de underwear Dolce & Gabbana para 2008.

Se é daqueles que gosta de mostrar o elástico do underwear por baixo dos jeans (moda igualmente iniciada por CK), sugiro que opte por umas Dolce&Gabbana ou por umas Aussiebum, dependentemente se quer ter um ar mais ou menos fashion victim.

A Dsquared tem igualmente uma linha de underwear, tão divertida e humorística quanto estupidamente cara, mas se quer ser um verdadeiro fashion victim, esta deve ser sem sombra de dúvida a sua escolha.

E pronto, há uma outra infinidade de marcas, podendo-se quase dizer que quase todas as marcas de roupa masculina, têm no momento uma linha de underwear. É que ao que parece, segundo o The New York Times, só nos EUA e isto sem incluir os boxers, o negócio já representava no ano passado um volume de $1.1 biliões. E também ao parece, os homens são mais fieis à marca de underwear, que a qualquer outra peça de vestuário.

Modelos das Fotos: Calvin Klein, 2(s)ist e Ausiebum
Crédito de imagens: Reprodução/ Internet

5 comentários:

Anónimo disse...

gostei do seu blog, mas precisa aumentar o seu conhecimento de cuecas hypes..

procure: ginch gonch, andrew christian, C-IN2 ...

abraços

poor guy fashion victim disse...

Obrigado Carlos pela informação. Ginch gonch não conheço e prometo que vou investigar. Andrew Christian não falei propositadamente, porque simplesmente não gosto tal como C-IN2, é que não bem my cup of tea.

poor guy fashion victim disse...

Já vi ginch gonch. A mesma "onda" que Andrew Christin.

apesar de não serrm meu cup of tea, como já lhe tinha dito, valeu. Obrigadão, vou ficar atento ;))
abç

Unknown disse...

olá, outra dica, procura uma marca chamada new captain e pesquisa também sobre a foch, talvez você curta....

Anónimo disse...

Comprei umas aussibum que chegaram a semana passada e demoraram 5 semanas a chegar. Em taxas diversas de Portugal paguei mais uns 25% do valor.