

Até apanhar um voo para Lisboa, esteja eu onde estiver, costumo rir sem pensar, quer com as grandes coisas que nos alimentam os sonhos, quer com as pequenas futilidades que nos enchem os dias, mas basta o avião começar a fazer-se á pista para cair numa depressão profunda.
Ontem quando cheguei a Lisboa, chovia e não havia sol. Era o terceiro dia do ano e o meu primeiro dia do novo ano em Lisboa. Como habitualmente apanhei o táxi nas partidas para fugir à fila das chegadas, como habitualmente arrastei o meu trolley pelas escadas, como habitualmente estava com um humor de cão e alergia a Lisboa.
Ao abrir a porta de casa, senti o cheiro dos jacintos. Os bolbos que tinha comprado antes do Natal, tinham florido na minha ausência. Corri para a minha mala, abri os meus Pierre Marcolini e reiniciei uma vez mais a minha reconciliação com a cidade.


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