
O que vi, foi uma colecção capaz de cruzar o look das faunas das ruas de Londres dos anos oitenta, com o look das pistas de esqui de St. Moritz.
O que sempre me surpreende em cada colecção, é a sua capacidade de apresentarem peças streetwear absolutamente moda, mas igualmente absolutamente vestíveis.
Acho incrivel a forma genial, como a dupla recolhe, reinterpreta e utiliza sem pudor, toda uma série de códigos de masculinidade, muitas vezes hiper masculinidade, pertencentes a determinadas culturas gay. Por outras palavras, muitos dos seus coordenados, não são mais, que uma versão fashion redesenhada, da forma como alguns gays se vestem.
Tal como nas colecções anteriores, esta está cheia de códigos estereotipados, de uma suposta masculinidade. O mais visível, é sem dúvida o look skinhead, com as inevitáveis botas, os jeans dobrados e curtos e, os imprescindíveis suspensórios. Mas para além do look skinhead, temos ainda pequenos apontamentos “militar” e “sport boy” e até algumas piscadelas de olho ao "boy next door"
Aliás, a masculinidade e os estereótipos a ela ligados, têm feito parte de quase todas as colecções da Dsquared. Na colecção do próximo verão, teremos o universo das competições automobilísticas. Que melhor símbolo da masculinidade que um carro, um piloto e um mecânico?
No Inverno passado eram evidentes as referências ao universo leather e sado maso embrulhado no Madmax. Em anteriores colecções assistimos à exploração de imaginários relaccionados com lenhadores, cowboys, rangers, e por aí fora.
No Inverno passado eram evidentes as referências ao universo leather e sado maso embrulhado no Madmax. Em anteriores colecções assistimos à exploração de imaginários relaccionados com lenhadores, cowboys, rangers, e por aí fora.
O mais genial desta colecção, talvez conseguido como em nenhuma outra, foi a forma como cruzaram de forma exímia e muito muito divertida, os mais diferentes e díspares tipos de streetwear, com peças notoriamente taylor.
Para o próximo Inverno teremos skinheads capazes de parecerem meninos betos que vão ao ski a St Moritz, rockabillys dos anos 80 que frequentam um conservador colégio inglês, pós punks que durante a semana são corretores da bolsa.
Até o pormenor da garrafa de cerveja na mão, com que alguns dos modelos desfilaram eu adorei, mesmo odiando cerveja!!!!
As fotos são todos do Márcio Madeira e podem todas ser vistas na Men style.
Para o próximo Inverno teremos skinheads capazes de parecerem meninos betos que vão ao ski a St Moritz, rockabillys dos anos 80 que frequentam um conservador colégio inglês, pós punks que durante a semana são corretores da bolsa.
Até o pormenor da garrafa de cerveja na mão, com que alguns dos modelos desfilaram eu adorei, mesmo odiando cerveja!!!!
As fotos são todos do Márcio Madeira e podem todas ser vistas na Men style.

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