domingo, 14 de dezembro de 2008

Marta Rebelo, a tricéfala- A Política, a Cidadã e a Jurista



Primeiro foi o espanto, depois a incredulidade e no final da entrevista que Marta Rebelo deu à Com’ Out apenas consegui sentir abjecção e repulsa.

Se pensar à séria, a Marta não é nada de novo, apenas é o exemplo acabado de um certo PS e de um certo tipo de políticos.

A hipocrisia, a total ausência de uma ideia, uma ideia politica que seja, a total degradação da função de deputado, a falsa modernidade demagogicamente usada para caçar votos, tudo isto apareceu e transpareceu na entrevista da Marta Rebelo.

Da primeira à última linha, para além da total e atroz incoerência, Marta Rebelo, apenas revelou ignorância do que são as questões de democracia ligadas aos direitos LGBT, falta de respeito pelas pessoas LGBT e já agora ao contrário do que ela pensa, fortes e variadas formas de homofobia. E o que é mais grave, sendo a Marta Rebelo deputada, sem a mínima noção disso.

À semelhança do que a Marta fez, não resisto a enviar-lhe como presente de Natal a recomendação da leitura do livro L’Homophobie do Daniel Borrilo, para a Marta aprender que há muita formas de homofobia, entre as quais algumas das formas que a Marta escarrapacha na entrevista. É que “não ter uma gota que seja de homofobia” como a Marta diz ter, é muito mais do que ter amigos homossexuais, tal como ser verdadeiramente moderno, é muito mais que dar entrevistas idiotas a uma revista LGBT e alinhar numa produção de moda à Rainha Santa.

Sabe que mais Marta? Se a sua ideia foi dar rosas, para mim, dos seus dedos apenas apareceram cardos que nem de urtigas se conseguiram mascarar.

Ah e já agora, as calças além de medonhas assentam-lhe terrivelmente mal no rabo.

6 comentários:

Anónimo disse...

Também li a entrevista que essa, funcionária do PS e do tacho, armada em pseudo moderna deu à Com Out. A criatura devia ter vergonha na cara e pensar suas vezes antes de abrir a boca. Mas a gaja é burra ou está só a fingir?

E a Com Out? como é que uma revista LGBT dá a primeira capa a uma afantesma daquelas?

Que publicassem a entrevista com o chorrilho de disparates e contradições da criatura. Mas dar-lhe a primeira página, com a burra a fazer de mãe Natal????

Favores politícos?

Que nojo tudo!!!

Zunkruft disse...

Enquanto a estrutura política em Portugal (e em boa parte dos países do Mundo ocidental) não for varrida a pontapé e fechada a cadeado (para que atrocidades destas não nos - pessoas sãs e inteligentes - voltem a incomodar), muitas Martas Rebelos e Ferreira Leite's vão continuar a tomar decisões desta estirpe por nós.

Ou essa varridela é efectuada e a classe/estrutura que a substituír adopta uma prática discursiva inteligente e justa, ou as coisas vão continuar tal como estão.

Anónimo disse...

Adorei a montagem!!!!!!!!!ah ah ah ah

LS

Luis Royal disse...

a senhora dra. raposo tem direito à sua opinião. atroz, é certo, mas a sua. pena temos que seja deputada e que esta opinião valha mais do que as nossas, mas contra isso agora só nas eleições.
o que é espectacular é que a dita revista (que fomos ler dada a curiosidade, e nisso foi marketing bem feito, pois devem ter vendido mais do que o habitual) tenha convidado a deputada para uma produção de moda (afinal há modelos melhores e que até trabalham de borla só para aparecerem) e que tenha reproduzido tais barbaridades.
adoramos este número tão pós-moderno do "eu até tenho amigos gay!"
que revista é aquela?
o tema não nos interessa como tema de fundo, agora com o parade da política pseudo gay-friendly ainda menos.
livra!

Anónimo disse...

Ora vejam mais coisas desta senhora deputada

A POLÍTICA SEGUNDO MARTA REBELO in DN - http://dn.sapo.pt/2008/12/16/opiniao/a_politica_segundo_marta_rebelo.html

Por João Miguel Tavares

Eu não queria voltar a este assunto, mas a senhora deputada do Partido Socialista Marta Rebelo obrigou-me a isso, após ter declarado publicamente na sexta-feira que a Assembleia da República está a transbordar de assuntos importantíssimos e que a questão das faltas dos deputados é apenas "política com 'p' pequenino". Estas declarações surgiram após a senhora deputada ter faltado - segundo ela, devido a uma consulta médica - a uma comissão parlamentar que não se realizou por falta de quórum. Um detalhe obviamente insignificante, como bem tratou de explicar Marta Rebelo, tendo em conta que nesse dia - e cito - se ia "votar e discutir coisas importantíssimas, como o Estatuto Político-Administrativo dos Açores". Infelizmente, a senhora deputada deve ter confundido a agenda política do Parlamento com a agenda política do seu almoço, já que no Palácio de São Bento não havia nenhum estatuto dos Açores para discutir na sexta-feira. Nada como um deputado bem informado. Mas isto sou eu a chafurdar na política com 'p' pequenino, claro.

O curioso neste caso é que Marta Rebelo, segundo uma notícia do jornal 24 Horas de Janeiro deste ano, já havia sido obrigada a suspender a sua actividade de docente da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa devido a queixas de falta de assiduidade por parte das quatro turmas que leccionava e por assinar uma presença num dia em que faltou. É pena que o jornalista que a inquiriu não tenha referido este tema, pois Marta Rebelo certamente teria respondido: "Há coisas importantíssimas para discutir na Universidade de Lisboa. Isso é ensino com 'e' pequenino." Eu próprio estou a pensar seriamente em passar a utilizar o argumento no meu trabalho. Da próxima vez que me perguntarem "mas quando é que tu escreves esse teu texto?", eu vou responder: "Isso é jornalismo com 'j' pequenino." E, bem vistas as coisas, é um raciocínio que se pode perfeitamente aplicar a todas as áreas. Se um trabalhador da Autoeuropa for interrogado sobre a sua lentidão a apertar as porcas de uma Sharan, ele poderá a partir de agora argumentar: "Tendo em conta o estado da indústria automóvel, isso é fabricação com 'f' pequenino."

Numa coisa se faça justiça a Marta Rebelo: ela não está só na defesa desta sua divertida teoria. O próprio Mário Soares, que até ser destronado por Manuel Alegre era a consciência favorita da nação, declarou que este assunto das faltas era mero fait-divers. Tendo em conta as sonecas que ele batia no Parlamento, percebe-se que preferisse dormir a sesta em casa. Ora, sendo esta a cultura que domina o País, não admira que vivamos rodeados de dezenas e dezenas de deputados com 'd' pequenino, exibindo alegremente a sua incompetência. Com 'i' maiúsculo. |

Anónimo disse...

Mais um óptimo exemplo da qualidade dos politícos que temos. Pelo menos não podemos dizer que a senhora deputada (com d pequenino) não tem mostrado coerência

O que assusta, assusta mesmo, é que é esta a nova classe de politícos (com p pequenino)